Esta é a terceira reportagem especial da Newsletter do Social Marista de junho. Na primeira delas, falamos sobre os dados gerais do projeto Ação Comunidades. Apresentamos alguns números consolidados, mas reforçamos que, por trás deles, estão outros ganhos imensuráveis.
Na segunda matéria, trouxemos até vocês o universo da corrente solidária que vem crescendo e das criativas soluções encontradas pelos nossos colegas para ajudar, seja como for. Teve varal de máscara, produção de sabão caseiro, drive-thru solidário, entre outras ações.
Agora, queremos falar sobre a atuação pedagógica. Sabemos que o Ação Comunidades surgiu para amenizar os efeitos do coronavírus em territórios em situação de vulnerabilidade social, porque ninguém consegue aprender, ensinar, trabalhar ou pensar quando se tem fome. Ao mesmo tempo, como instituição de ensino, sabemos e reconhecemos a importância do estudo, das aulas, do contato com os professores e educadores e da aprendizagem.
Se para parte da população que tem acesso ilimitado à internet já está sendo difícil manter a rotina de estudos, o que podemos dizer da realidade onde estamos inseridos? Como os nossos professores e estudantes se adaptaram frente a esse desafio? E os educadores sociais, como mantêm os vínculos com os atendidos?
Da unidade para os educandos
A mobilização das equipes dos Colégios Sociais para fazer o conteúdo chegar em todas as casas dos nossos estudantes não está sendo pouca. O esforço é legítimo, genuíno; todos aprendem e ensinam juntos, ao mesmo tempo.
No Colégios Maristas Ir. Jaime Biazus, Vettorello, São Marcelino Champagnat e na Escola Marista Santa Marta, foram criados grupos por turma no Facebook, e é ali que os conteúdos estão sendo disponibilizados. Nossos estudantes, em sua maioria, conseguem acessar o Facebook porque geralmente a ferramenta é liberada pelas operadoras, não gastando dados do plano de internet.
Em algumas delas, também foram criados grupos no WhatsApp, para facilitar a comunicação com pais, responsáveis e com os próprios estudantes. Ainda no Facebook, os professores conseguem realizar lives pedagógicas e interagir com os estudantes, respondendo dúvidas e incentivando o estudo.
Em casos mais extremos, onde o educando não tem celular nem internet, há o esforço para imprimir o material pedagógico e disponibilizar na portaria da unidade. Assim, conseguimos atingir todos os nossos estudantes. Inclusive fomos pauta no Jornal do Almoço sobre esse assunto. Você viu a reportagem?
No Polo Marista de Formação Tecnológica, nossos educadores criaram uma websérie chamada O Novo Normal. Toda quarta-feira, eles enviam o episódio para os educandos pelos grupos de WhatsApp. A websérie tem feito muito sucesso que até uma paródia entre educandos e educadores já foi criada, com direito até a coreografia.
Além disso, claro, os educadores do Polo têm mantido as aulas do Jovem Aprendiz a todo vapor. Inclusive, disponibilizam material didático na portaria para os educandos que não têm acesso à internet e enviam conteúdos pelo WhatsApp e Facebook (até live nos grupos privados das turmas também rola!). Aliás, o primeiro projeto criado por eles nesse período foi o Diário de uma Quarentena. Ele nasceu com o objetivo de tratar de forma leve e divertida os desafios e dilemas que estamos vivenciando durante a pandemia.
Da unidade para os educadores
As equipes podem estar distantes fisicamente, mas estão mais conectadas do que nunca. Reuniões online são realizadas com frequência para trocar ideias, planejar, conversar e até mesmo fazer aula de laboral.
No Centro Social Marista Mario Quintana, por exemplo, duas vezes por semana, os educadores participam de um alongamento para aliviar as tensões do dia a dia. É preciso cuidar da mente, do corpo, do coração e do espírito. Se for em equipe, fica melhor ainda, não é mesmo?
No Marista Vettorello, a equipe que está à frente das atividades em meio à pandemia resolveu fazer uma ação diferente com todos os colaboradores do Colégio. Percebendo que estavam desanimados, eles elaboraram uma carta, como se tivesse sido escrita por São Marcelino Champagnat, e entregaram pessoalmente para cada colega – respeitando todas as recomendações de segurança contra o coronavírus. A carta emocionou a todos, principalmente porque foi entregue em mãos por um colega.
Dos educandos para a comunidade
Também teve iniciativa dos nossos educandos para as comunidades onde eles vivem. No Centro Social Marista da Juventude (CMJU), os grupos da Pastoral Juvenil Marista (PJM) estão se mobilizando virtualmente para ajudar o território no combate ao coronavírus.
Duas vezes na semana, são compartilhados conteúdos produzidos por eles na página oficial da unidade, com orientação e supervisão dos educadores. Além disso, eles também criaram uma série de dicas de atividades para realizar em casa, em família.
Gostou da nossa série de reportagens especiais? Leia a primeira e a segunda matéria também. Tem mais algum exemplo de solidariedade?
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