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Projeto Recondicionar

​​​​O Polo Marista de Formação Tecnológica, ciente da problemática que é o lixo eletrônico e compreendendo a sua responsabilidade, criou o projeto Recondicionar, uma ação para promover a educação ambiental e estimular o direcionamento correto do resíduo eletrônico produzido pela comunidade escolar da Rede.

Lançada em 2014, a iniciativa completou dois anos de funcionamento, buscando disseminar a importante cultura do recondicionamento e reciclagem do lixo eletrônico. Desde o começo da ação, já foram arrecadadas mais de seis toneladas de equipamentos eletrônicos nos pontos de coleta, localizados em diversos pontos da Capital e Interior (veja lista abaixo).  Desse montante, cerca 90% foi encaminhado para reciclagem e possível retorno à indústria, evitando extração de recursos da natureza.

O restante da arrecadação tem, no entanto, um destino que beneficia diretamente a própria comunidade escolar. Em percentual menor, os resíduos são utilizados pelos próprios estudantes como suplementos e peças para as atividades educativas do Polo. O processo de separação das peças tem como ponto de partida uma triagem, realizada pelos educadores da instituição. Computadores inteiros são testados e adaptados para que possam ser doados e utilizados por Telecentros, espaços de informática que atendem a comunidades carentes, oferecendo internet gratuita e, eventualmente, cursos de orientação pessoal para o uso das máquinas.

Engrenagens e pequenos motores são destinados à Robótica Livre, enquanto peças menores servem para a construção de materiais artísticos, como mosaicos, que são expostos na Semana Meta Arte. Os utilitários mais antigos também são expostos, mas são direcionados para a Hardware Tech, que funciona como um pequeno museu tecnológico.

“No centro social os estudantes são incentivados desde o princípio a se vincularem a projetos voltados para a construção da cidadania. Esses valores estão intrínsecos à metodologia educacional que praticamos e permitem que os educandos pensem de forma coletiva a partir da autonomia que recebem”, afirma o Irmão Odilmar Fachi, Diretor do Centro Social Marista de Porto Alegre.

As peças de robótica aproveitadas pelos estudantes dão vida aos protótipos criados para o próprio Desafio de Robôs, promovido anualmente pelos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista, e em outras exposições educacionais. O material também serve de base para o recondicionamento de computadores, que eventualmente são consertados para serem utilizados normalmente no centro social.

​Para o Coordenador de Projetos do Polo, Ricardo Brodt Leistner Júnior, o grande legado do projeto é a conscientização da comunidade. “As nossas principais metas não estão relacionadas ao volume de arrecadação e sim à quantidade de educandos que conseguimos envolver com a disseminação da importância da reciclagem do lixo eletrônico”, pondera. No segundo ano de projeto a equipe da unidade trabalha para estimular o uso dos ecopontos também nos ambientes empresariais. A iniciativa faz parte do Programa de Responsabilidade Ambiental da instituição e reconhece com uma placa especial as organizações que adotam os pontos de coleta em suas sedes.​​