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Opinião: Precisamos falar mais sobre a solidariedade humana

03/09/2020
Solidariedade
Supervisora pedagógica dos Colégios Sociais da Rede Marista escreve sobre solidariedade

​​Simone Weissheimer Santos*


Precisamos falar sobre isto.

Estamos vivendo uma experiência que reporta para outros tempos históricos. Se formos fazer memória, podemos falar do surto de tuberculose ocorrido na Alemanha em 1904, das epidemias no pós-guerra e recentemente – ainda neste século – da gripe H1N1. 

Foram e são tempos difíceis, que acentuam a necessidade humana de se reinventar, de olhar com outras lentes e de escutas necessárias aos apelos constantes da humanidade e, não menos importante, aos apelos que nos são sinalizados para as questões com o cuidado ambiental.

Esses são temas necessários. Precisamos nos debruçar nas diversas dimensões humanas e globais para discorrer sobre os movimentos retratados pela humanidade em prol de dias melhores. 

Cabe ressaltar que, em quaisquer dos tempos, a solidariedade humana sempre esteve presente. E neste contexto histórico, ao resgatar as vozes dos que sofreram o isolamento por conta da tuberculose, em algum momento lembram das forças solidárias, da ausência do medo e da vontade em fazer o bem. 

Esse movimento se renova. Por isso, ao destacar as vozes solidárias que se expressaram num passado marcado por circunstâncias que se assemelham a esse tempo, falamos desse agora vivido, utilizando como fonte de inspiração um passado já historicizado.

Falar desse chamamento do presente de cooperação, em que a solidariedade se manifesta por força das juventudes, nas mídias sociais, nos canais de comunicação, reforça o dom de fazer o bem e de renovar contextos. É vislumbrar de forma global o quão potente somos neste planeta.

Temos muitos exemplos para compartilhar: as novas lideranças comunitárias influenciando as mudanças políticas e o volume de jovens que, por trás de seus aparelhos digitais, abrem suas janelas para a solidariedade.

Precisamos falar sobre tudo isso!

Estamos, sim, sendo provocados. Estamos, sim, sendo impactos e novamente convidados a ressignificar a humanidade.

Tenho o sentimento de que algo novo vai surgir, que bons exemplos se renovam e que a força do bem querer será o que de mais precioso vai ficar, será a nova marca do planeta Terra, em que Gretas, Paulas, Renatas, Thiagos e Joaquins farão esses registros de cuidados e de esperanças de um mundo mais justo e com outros significados. 

Continuemos a falar sobre isso.


*Supervisora pedagógica dos Colégios Sociais da Rede Marista, com Licenciatura Plena em História e Orientação Educacional